Treino de força é o novo remédio: benefícios além da estética para saúde hormonal, óssea e mental

Musculação reduz inflamações, previne doenças, fortalece ossos e melhora o bem-estar psicológico. Adaptação para todas as idades e orientação profissional garantem segurança e resultados duradouros

Durante muito tempo, o treinamento de força, popularmente conhecido como musculação, foi visto apenas como uma prática voltada à estética corporal. No entanto, a ciência já comprovou que seus benefícios vão muito além da aparência.

Hoje, o treino de força é considerado uma ferramenta terapêutica capaz de prevenir e tratar diversas condições, atuando de forma tão relevante para a saúde quanto a própria prescrição de medicamentos.

De acordo com o American College of Sports Medicine (2023), a prática regular do treinamento resistido reduz o risco de doenças cardiovasculares, melhora a sensibilidade à insulina, fortalece ossos, previne quedas em idosos e contribui para saúde mental. Não à toa, pesquisadores e clínicos têm chamado o treino de força de “o novo remédio”.

E ao contrário do que muitos pensam, os ganhos da musculação não se resumem a hipertrofia. O aumento da massa muscular ativa o metabolismo de diversas formas:

  • Sensibilidade à insulina: os músculos são grandes consumidores de glicose. Quanto mais massa magra, maior a eficiência do corpo em controlar a glicemia.
  • Redução da gordura corporal: o treino aumenta o gasto energético, tanto durante quanto após a sessão, favorecendo o emagrecimento.
  • Melhora do perfil hormonal: estimula a liberação de hormônios como testosterona e hormônio do crescimento (GH), importantes para regeneração tecidual e vitalidade.
  • Efeito anti-inflamatório: o músculo em atividade libera mioquinas, substâncias que reduzem a inflamação sistêmica.

O personal trainer Adelcio de Oliveira (CREF/MT – 005751) destaca:

Vejo diariamente pacientes que chegam em busca de estética e descobrem no treino de força um aliado para controlar pressão, diabetes e até dores articulares. É um recurso terapêutico de primeira linha, não apenas um acessório.

Também é importante falar de um assunto muito importante, relacionado com a musculação, que é o envelhecimento saudável. Isso porque a perda de massa óssea e muscular (osteopenia, osteoporose e sarcopenia) é muito comum com o envelhecimento e aumenta o risco de quedas e fraturas.

Nesse aspecto, o treino de força atua como um estímulo direto para a remodelação óssea, fortalecendo a estrutura do esqueleto. Estudos mostram que mulheres pós-menopausa que praticam musculação têm até 30% menos risco de fraturas em comparação às sedentárias (NHS UK, 2022).

Além disso, o fortalecimento muscular melhora equilíbrio, coordenação e estabilidade, reduzindo significativamente a incidência de quedas em idosos.

Outro ponto importante é o fato de que a prática do treino resistido também tem impactos importantes sobre o cérebro, relacionado com a saúde mental e a cognição. Pesquisas recentes demonstram que a musculação pode:

  • Reduzir sintomas de ansiedade e depressão.
  • Melhorar memória e funções cognitivas.
  • Aumentar autoestima e percepção de bem-estar.

Isso ocorre graças à liberação de endorfinas, serotonina e dopamina durante o exercício, além do efeito anti-inflamatório sistêmico, que beneficia a saúde neurológica.

Adaptações em cada fase da vida

O grande mito em torno da musculação é que ela seria restrita a jovens em busca de estética. A realidade é que o treino pode (e deve) ser adaptado a todas as fases da vida:

  • Crianças e adolescentes: promovem desenvolvimento saudável, previnem obesidade e aumentam desempenho esportivo, desde que supervisionados.
  • Adultos jovens: melhoram desempenho físico, controle de peso e prevenção de doenças metabólicas.
  • Mulheres na menopausa: preservam massa óssea e muscular, aliviando sintomas relacionados ao declínio hormonal.
  • Idosos: retardam a sarcopenia, reduzem quedas, aumentam autonomia e qualidade de vida.

Assim como um medicamento, o treino de força precisa de dosagem, frequência e progressão adequadas. Isso significa respeitar limites individuais, histórico de saúde e objetivos. O fisioterapeuta João Pedro Camilo (CREFITO 9/290084-F) explica que:

Muitas lesões ocorrem não pelo treino em si, mas pela falta de orientação. O fortalecimento deve ser visto como parte do tratamento e da prevenção, sempre adaptado à realidade do paciente.

Por isso, a supervisão de profissionais qualificados (personal trainers e fisioterapeutas) é essencial para garantir resultados seguros e duradouros.

Vale destacar que o treino resistido também potencializa resultados quando aliado a uma nutrição adequada e ao acompanhamento endocrinológico. Proteínas de qualidade, boas fontes de energia e equilíbrio hormonal criam o cenário ideal para que o corpo responda ao estímulo do exercício.

Essa é justamente a filosofia da Elevare Saúde Integrada, que une diferentes especialidades para promover saúde em todas as dimensões.

O treino de força já não pode ser visto apenas como uma prática estética. Seus benefícios incluem a prevenção e o tratamento de doenças crônicas, a preservação da saúde óssea e muscular, a melhora da saúde mental e o aumento da longevidade.

Assim como um remédio, deve ser prescrito e acompanhado por profissionais. E quando aliado à nutrição, endocrinologia e fisioterapia, torna-se uma das ferramentas mais poderosas para uma vida saudável e ativa.


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Referências Bibliográficas

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Resistance training for health and performance. Medicine & Science in Sports & Exercise, 2023.
NATIONAL HEALTH SERVICE (NHS). Strength training and bone health. Londres, 2022. Disponível em: https://www.nhs.uk | Acesso em: 21 ago. 2025.
PHILLIPS, S. M.; WINETT, R. A. Uncomplicated resistance training and health-related outcomes: evidence for a public health mandate. Current Sports Medicine Reports, v. 19, n. 10, p. 452–459, 2020.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global recommendations on physical activity for health. Geneva: WHO, 2021.

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